terça-feira, 11 de julho de 2017

Síntese Reflexiva

Porto Alegre, 05/08/2017

Ana Paula, Andreia “turma E” e Gimena

META 2

Retomando a atividade postada da síntese 2:

O projeto nessa etapa está sendo desenvolvido em turmas diversificadas, onde foram levantadas as certezas provisórias e as dúvidas temporais dos alunos das diferentes turmas.

A Andreia fez com a turma da EJA, e após escolherem  o tema “Respeito e a Educação dentro da Escola”, lhes questionei o que sabiam sobre o assunto em suas palavras concordaram que a educação deve vir de casa, e a escola é lugar para aprender: a escrever, ler e calcular. Conversando com eles parece simples e que todos entendem, mas provoquei-os com outro questionamento, se a educação é algo que aprendemos em casa, então por qual motivo tantas pessoas são totalmente deseducadas e aqui na escola por qual motivo observamos tanto desrespeito para com os outros?  Tudo naquele momento parecia muito óbvio, mas eu estava conversando com adultos, pais, avos, filhos, mas percebi muita inquietação e como eles poderiam me dar uma resposta? Foi então que comecei elencar as dúvidas que eles iam dizendo: Por que existe atualmente tanto desrespeito entre as pessoas? Por que geralmente é a criança e os jovens que mais desrespeitam os mais velhos? Por que devemos ter respeito e educação dentro da escola? Será que não concordar é desrespeito? Observei que basicamente para cada dúvida havia uma certeza que de alguma forma deixavam eles inquietos, e afirmo que eu também fiquei refletindo, se sabemos como agir e ser, porque somos tão indelicados com nossos semelhantes? Segue as certezas provisórias: devemos respeitar a todos sem distinção. A educação vem de casa. A escola é nossa segunda casa que deve ser respeitada por todos nós. Quando uma pessoa fala a outra deve escutar, e no mínimo ficar em silêncio. Mesmo não aceitando a reflexão do outro devemos escutar, fizermos criticas devemos fazer ela construtivamente, evitando atritos desnecessários.
Os vídeos que foram disponibilizados pelas professoras foram bem importantes para nós, pois quando tivemos que realizar a atividade com a turma nós ficamos meio perdidas e quando escutamos o professor dar as orientações ficou mais claro como deveríamos seguir. E no caso em especial me sentia um pouco deslocada em estar fazendo essa atividade, mas aos poucos fui construindo junto com eles como fazer as atividades, eles também me ajudaram a não desistir. Comentei com eles sobre como os jovens andam se comportando, se antes eles sentiam medo ou respeito pelos pais. Um aluno imediatamente disse que era medo, e falou sobre um acontecimento de infância onde a mãe sofria maus tratos de seu pai, e ele se revoltou e empurrou o pai e por isso ganhou uma surra, com isso ele fugiu de casa e nunca mais foi na escola. Foi pesado, triste, mas antigamente as crianças não tinham voz, nem vez, e eram castigadas de forma que sentissem dor para não repetir o erro, com isso. Foi complicado, pois apesar do tempo que já havia passado senti sua voz ficar tremula, mas vejo que foi muito bom ele ter falado sobre esse assunto, porque conversamos e os outros colegas também relataram algumas situações semelhantes, e lhes questionei se aquela forma seria a mais adequada de se educar para ter respeito. Disseram que não, pois na presença dos pais poderiam sentir-se repressivos, mas longe aprontavam e muitas vezes seus pais nem ficavam sabendo. Hoje tudo é liberado e os pais não conseguem dar limites para seus filhos, tudo ficou misturado, um dos alunos disse. O outro disse tudo que se faz gera uma consequência, com isso se eu fizer algo ruim para alguém também ira acontecer comigo a aluna que sugeriu o tema disse. E na escola como poderemos melhorar essa situação desagradável? No trabalho? Na família? Em fim em todos os lugares onde passamos ou estamos? Eles ficaram com expressão congelada, e foi ai que disse, se eu te interromper numa conversa, ou pisar no teu pé sem querer, e não me desculpar, isso vai gerar um desconforto, então estou te desrespeitando, o que vocês acham? Dialogando com minha colega Ana Gimena sobre esse assunto concordamos que ainda ocorre esse tipo de comportamento nas do século XXI, não importando a classe social, onde os pais acham que castigos físicos a criança ficará mais educada. Sem falar em outros tipos de violências domésticas existentes que não colocamos em pauta.
         E eu, Ana Paula,  trabalho com a educação infantil numa turma de jardim B, e foi desenvolvido o projeto identidade, logo que os alunos visualizaram a minha carteira de identidade, e tiveram muitas dúvidas em saber para que servia.Seguindo com as atividades do projeto perguntei aos alunos sem sabiam o que eram identidade e o que gostariam de saber.  Muitos alunos conheciam um documento, mas não sabiam para que servia e alguns já possuem o mesmo. Os alunos estavam muito agitados, pois todos queriam falar sobre o que sabia e perguntar algo. Ao longo da conversa sentamos no chão utilizamos uma caixa com alguns documentos como cartão de vacina, identidade e certidão de nascimento, mostrando que são os primeiros documentos de um cidadão. Combinamos que quem teria o documento identidade poderia trazer para mostrar para os colegas, e se já utilizou em algum lugar, e que relatem em casa com a família o seu aprendizado. Cada aluno levou uma pergunta para casa e responder com a família. O que era identidade? As dúvidas eram: Onde podemos utilizar o documento? Se qualquer pessoa poderia ter? Se certidão de nascimento e identidade?  Certezas: Que criança também tem identidade? Que a foto identifica a pessoa? Como a turma educação infantil foi trabalhada de uma forma lúdica para que tenha um bom entendimento sobre o que estamos trabalhando.
Compreendemos que nessa etapa foi onde as turmas interagiram mais uns com os outros mostrando o que sabiam do assunto e onde puderam se expressar, e nos professoras servimos mias de mediadoras para que eles tivessem alguma ordem no se comunicar, e de acordo com Hernandez um aprendizado interessante é aquele que envolve o cotidiano do aluno com o que aprende na escola.


META 3

Ana Paula, Andreia “turma E” e Gimena

 Nesta etapa quando surgiu a proposta de construirmos o mapa conceitual com os alunos, sendo que as turmas eram de uma faixa etária bem diferente e séries, tivemos  um pouco de dúvida  de como realizar  está atividade com eles e como trabalhar os assuntos abordados nos projetos.  A professora Ana Paula com sua turma do Jardim B teve um pouco mais de dificuldade na hora de planejar a construção do mapa, de que maneira poderia fazer o mapa e que pudesse transmitir de uma forma clara que os alunos tivesse um boa compreensão do que estão fazendo. Então no jardim B o mapa foi construído através de desenhos, cada aluno representou aos colegas seu desenho durante a aula, conforme foi se montando eles davam as suas explicações de como entenderem tudo que era identidade. Pois, ao longo do trabalho com os alunos, pode observar que eles têm algumas dúvidas, tudo é um aprendizado. Durante a montagem do mapa um aluno perguntou se o mapa também era identidade. Aí surgindo mais uma dúvida.            O mapa montado foi bem interessante, pois os alunos demonstraram um grande interesse na hora da construção e na representação em forma de desenho, após construímos um painel dele. Quando finalizamos os mapas conceituais podemos perceber que não há uma única maneira de fazê-lo, foi um grande aprendizado para o grupo e para mim também com novas experiências.
Já na turma de EJA não havia ficado clara essa construção, mas para dar inicio imprimi o mapa conceitual que havia feito e disse o que significava, e também que havia muitas formas de se construir um mapa, e que futuramente eles também iam poder usar dessa ferramenta para apresentar trabalhos. Os alunos gostaram da ideia, e forneci folhas de A4 para eles fazer cada um seu mapa como quisessem mostrar tudo que aprendemos ate o momento, melhor tudo que eles trouxeram, pois numa atividade de PPA o aluno é o protagonista de sua aprendizagem. Foi boa essa atividade para poder retomar os conceitos com eles, foi onde um aluno me pediu ajuda para fazer, pois não conseguia escrever, foi onde ele me pediu desculpas por não ter me dado a atenção e que não sabia direito sobre o que a gente estava trabalhando, e disse que preferia ser honesto comigo, eu sabia que ele me ignorava, agora entendo e sei o que um professor sente.

O mapa que escolhemos foi da turma de Jardim:
Ana Paula, Andreia “turma E” e Gimena

 Nesta etapa quando surgiu a proposta de construirmos o mapa conceitual com os alunos, sendo que as turmas eram de uma faixa etária bem diferente e séries, tivemos  um pouco de dúvida  de como realizar  está atividade com eles e como trabalhar os assuntos abordados nos projetos.  A professora Ana Paula com sua turma do Jardim B teve um pouco mais de dificuldade na hora de planejar a construção do mapa, de que maneira poderia fazer o mapa e que pudesse transmitir de uma forma clara que os alunos tivesse um boa compreensão do que estão fazendo. Então no jardim B o mapa foi construído através de desenhos, cada aluno representou aos colegas seu desenho durante a aula, conforme foi se montando eles davam as suas explicações de como entenderem tudo que era identidade. Pois, ao longo do trabalho com os alunos, pode observar que eles têm algumas dúvidas, tudo é um aprendizado. Durante a montagem do mapa um aluno perguntou se o mapa também era identidade. Aí surgindo mais uma dúvida.            O mapa montado foi bem interessante, pois os alunos demonstraram um grande interesse na hora da construção e na representação em forma de desenho, após construímos um painel dele. Quando finalizamos os mapas conceituais podemos perceber que não há uma única maneira de fazê-lo, foi um grande aprendizado para o grupo e para mim também com novas experiências.
Já na turma de EJA não havia ficado clara essa construção, mas para dar inicio imprimi o mapa conceitual que havia feito e disse o que significava, e também que havia muitas formas de se construir um mapa, e que futuramente eles também iam poder usar dessa ferramenta para apresentar trabalhos. Os alunos gostaram da ideia, e forneci folhas de A4 para eles fazer cada um seu mapa como quisessem mostrar tudo que aprendemos ate o momento, melhor tudo que eles trouxeram, pois numa atividade de PPA o aluno é o protagonista de sua aprendizagem. Foi boa essa atividade para poder retomar os conceitos com eles, foi onde um aluno me pediu ajuda para fazer, pois não conseguia escrever, foi onde ele me pediu desculpas por não ter me dado a atenção e que não sabia direito sobre o que a gente estava trabalhando, e disse que preferia ser honesto comigo, eu sabia que ele me ignorava, agora entendo e sei o que um professor sente.

O mapa que escolhemos foi da turma de Jardim:



META 4:

Ana Paula, Andreia “turma E” e Gimena

Se conseguir montar o quadro sugere que faça. Bjs


 Esta etapa do projeto pedagógico em Ação foi muito significativa, podemos ver o planejamento tudo que já realizamos dentro do PPA, por de planejarmos através do interesse dos alunos, nossos alunos pela participação deles e seus anseios ao longo do projeto é com certeza muito prazerosa para o grupo.
 Durante a realização das atividades previstas na meta 4, o grupo o grupo procurou ser bem observador aos projetos desenvolvidos por cada um de seus componentes em suas diferentes turmas e seus projetos diferenciados, onde compartilham entre si todo o andamento do mesmo. Devido reside luz em algum lugar em lugares diferentes utilizamos a tecnologia tais como: watsapp, face book e email como suporte de comunicação entre o grupo, para fazermos nossas trocas de ideias, sugestões e até mesmo esclarecermos nossas dúvidas. Consideramos um momento muito interessante da realização da meta 4, pois cada um de nós acompanhamos o desenvolvimento de nossos alunos.




 11/07/2017
Síntese Reflexiva Meta/Etapa 2
 Turma EJA I

Hoje fazendo essa reflexão vejo que os alunos mudaram muito desse dia até a ultima aula, e quando dei início na etapa/meta 2 foi meio estranho, pois eles não interagiam, e comigo ficavam meio paralisados, ficar diante uma turma assim é apavorante e sentir que tu não esta sendo entendida. Então dei o primeiro passo e comecei a retomar o assunto que escolhemos para estudar que foi votado na última aula, para se tornar mais fácil trabalhar com toda turma, então a construção do quadro certezas provisórias e dúvidas permanentes consegui que eles falassem, fui instigando aos poucos, e o que eles iam falando eu escrevia no quadro na coluna adequada, ali uns queriam falar mais que os outros, me surpreendi, mas também já quase deu uma discussão mais séria, pois uns não compreendem que podemos discordar do que o colega fala, mas não precisamos ser desrespeitosos com eles.
O que consegui observar e que tudo que falavam era adequado, mas não consegui compreender o motivo que não se entendiam como alunos adultos que são. Parece que ao chegar dentro da sala de aula os alunos esquecem que são adultos e uns fazem coisas que somente criança faria com seus colegas, como por exemplo: esconder material do outro quando esse outro esta distraído. E quando acontece isso uma das alunas diz que isso é desrespeito, e fica muito brava, e ainda diz por isso quero ir embora dessa sala.
Escrevendo as dúvidas permanentes ia lhes questionando se conseguiam saber as respostas das questões, e se sabiam por qual motivo tudo estava acontecendo dessa ou daquela forma. Ainda questionei se antes a gente tinha era respeito ou medo, e por isso não acontecia essas atitudes dentro da escola? Um aluno levantou o braço e disse que sim era medo, porque ele tomou uma surra, por defender sua mãe das inúmeras surras que ela levava do seu pai quando bebia. Então ele fugiu de casa e nunca mais foi para a escola, ele tinha medo do pai querer surrar ele de novo. Conversando e escutando eles, trazem historias impressionantes que a gente pensa que só acontece nas novelas ou em filmes, e são verídicas e que marcaram muito uma época em que os pais podiam tudo e não eram julgados ou se quer punido.    



Pedagógico em Ação

Professoras: Aline e Liliana 
Integrantes do grupo: 
Ana Paula – Turma E
Andreia     - Turma B
Gimena   -  Turma E

Síntese da Meta/etapa 1

Analisando os projetos do IV Eixo, e após as leituras e algumas discussões concluímos que os nossos projetos do último semestre na dentro da interdisciplina SI IV foram todos projetos de aprendizagem. Denominamos assim pelo modo que foi iniciado e pelo seu desenvolvimento. Cada integrante do grupo buscou solucionar uma dúvida levantada pelo grupo, e tivemos total autonomia de fazer a professora e os tutores somente nos mostravam as etapas que deveriam ser seguidas e quando era necessário tiravam nossas dúvidas. Foi uma experiência boa e ao mesmo tempo angustiante, porque o grupo era grande demais e o tema abrangia muitos conceitos. Mas consegui perceber que muitas vezes eu já havia trabalhado com meus alunos dessa forma, mas sem saber os passos e nem que era um projeto.
Neste semestre antes de iniciarmos as atividades tivemos que estudar alguns textos iniciais que derão embasamento teórico para nossas futuras atividades do semestre que são: “La Práctica Educativa – Cómo enseñar, de Antoni Zabala Vidiella, 2007, Transgressões e mudanças na educação – os projetos de trabalho, Fernando Hernadez, 1998 e Léa da Cruz Fagundes com Aprendizagens do futuro: as inovações começaram!”.
Li os textos e compreendi que o aluno somente aprende se tiver interesse, onde a metodologia de trabalhar em sala de aula com projetos seria a mais interessante, pois os assuntos que serão tratados e aprendidos partem da curiosidade dos alunos, e o professor torna-se um instrumento que vai auxiliar esse aluno na busca do seu conhecimento. E nós educadores podemos muito bem trabalhar o que pedem no currículo juntamente com os projetos, mas para isso devemos estar capacitados para poder fazer um trabalho sério e que nosso aluno consiga aprender o que busca.
Então agora no Eixo V temos uma interdisciplina de PPA que vamos colocar em prática o nosso aprendizado, e entender um pouco mais sobre projetos.
A turma escolhida foi de EJA Etapa I, fiquei uma semana observando e na sexta-feira da mesma semana conversei com os alunos explicando o motivo que estaria com eles, e lhes questionei o que gostariam de saber que ainda não sabiam. Foi uma resposta unanime que estavam ali para aprender a ler, escrever e se formar. Uns para melhorar sua posição dentro da profissão, para conseguir um emprego, porque precisa comprovar escolaridade e outros disseram que querem fazer outros cursos profissionalizantes ou técnicos. No entanto não disseram que tinham alguma curiosidade pontual. Para mim foi bastante difícil tentar entender como eu poderia trabalhar com eles, e o que trabalhar. Conversando com cada aluno em particular percebi que sim tinham questionamentos, mas eram diferentes uns dos outros. Por exemplo: dois alunos queriam aprender a ler para ser mestre de obras e ler plantas de construção civil. Uma aluna quer ter certificação para poder fazer um curso de confeitaria para aprender a fazer uma massa especial, essa aluna já trabalhou muitos anos fazendo tortas, doces e salgadinhos para vender, mas quando foi procurar emprego foi barrada, pois na casa dela ela não usava aparelhos de medir, ela fazia tudo a olho, assim não pode pegar no emprego. Uma aluna fez o questionamento sobre o respeito e a educação dentro da sala de aula, e disse que só estava ali porque tinha que estudar para ter um certificado para encontrar um emprego, e desabafou que não gostava de estar naquela turma. Pensei em trabalhar com cada um em seu questionamento e até consegui um amigo engenheiro para explicar como se lê uma planta de obra, e assim eu ia fazer com os demais. Mas para dar tempo porque não tenho o ano todo, resolvemos fazer uma votação com todas as questões citadas e por voto unanime ganhou a questão do “respeito e educação dentro da escola” para ficar mais abrangente e para alguns alunos não se sentirem intimidados com essa questão.
Mesmo conseguindo trabalhar com essa turma não me sinto a vontade, pois a turma não é minha. Muitas vezes penso que estou tomando o tempo deles, esse momento que eles têm para poder estudar e serem alfabetizados. O pensamento dessa turma é engessado, muitos frequentaram a escola quando crianças e ainda pensam que a escola deva ser daquela forma, e como são adultos não compreendem que podem aprender com alguma brincadeira, acreditam que devem copiar do quadro e encher seus cadernos com atividades de matemática (continhas) e com questões de português. Outra questão que limitam muito eles é a baixa estima, que se denominam como sendo “burros” e não vão conseguir aprender, esse tipo de comportamento dificulta na aprendizagem de qualquer aluno, seja ele adulto ou criança. Então a professora regente está trabalhando com eles para conseguirem melhorar essa forma de pensar. Quando eles se descobrirem pertencentes do espaço que ocupam como alunos, e entenderem que são capazes vai ser mais fácil atingir seus objetivos.
A atividade com projetos nas turmas da Ana Paula Gimenez e da Gimena Barbosa Gimenez foi mais tranquila, pois ambas estão em sala de aula. Ana com jardim foi como passe de mágica, porque sua identidade caiu da carteira e as crianças são curiosas por natureza e já fizeram muitas perguntas, onde ela deu início em seu projeto. Ela leciona na turma de jardim de infância e as questões feitas foram: professora pra que serve isso? Por que sua foto está aqui? Porque uns tem outros não? E assim foram algumas questões levantadas por essa turma. Essa turma é composta de alunos em sua maioria de cinco anos, e todos participam ativamente de tudo e nessa fase são muito curiosos. 
Com a turma da Gimena se deu o projeto devido à turma de quinto ano ter alunos com diferenças de idade muito significativa, onde muitos são pré-adolescentes e infantis, já os outros adolescentes com os hormônios a flor da pele. Os questionamentos se deram devido a uns não saberem seu nome completo, outros só ter o sobrenome da sua mãe e porque são filhos de mãe solteira, onde o pai não foi registrar ou a mãe não quis colocar o nome dele na certidão de nascimento da criança. A partir dessa situação fizemos muitas atividades onde a postura dos alunos começaram a mudar, começaram a ter mais respeito entre os colegas. 




   

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Construção do Relatório

Planos de Ação

11/07/2017
Jardim - Professora Ana Paula
O plano de ação que pensei a partir das perguntas que os alunos fizeram e o motivo que levou a fazer esse projeto foi pedir para que cada um junto a sua família conseguisse com eles escrever o nome de casa um, trazer uma cópia da certidão de nascimento para podermos confeccionar a identidade. Medimos a altura de cada aluno para ver o quanto cresceram desde que eram bebês. Outra atividade que realizamos e com a ajuda da familia foi a arvore gineologica, onde eles adoraram o nome, e foi motivo de muita euforia. Criamos um livro que eles foram agregando cada atividade que fizemos e depois de tudo pronto cada colega pode olhar o livro dos outros. Vejo que com esse projeto meus alunos estao mais espertos quanto aos documentos e o valor que cada pessoa tem. 

                         


           






Abaixo seguem alguma imagens d construção e desenvolvimentos das atividades:?


EJA 


15/05/2017
Plano de ação:
Como me sinto um pouco deficiente na questão de alfabetizar e ainda dentro dos projetos, estou meio travada, mas pensei no primeiro momento como senti a turma um pouco desmotivada, e dando sequência nas atividades da professora regente, comecei aplicando uma dinâmica que fizemos na interdisciplina de corporeidade. Com uma folha de jornal, pedi para que os alunos fechassem os olhos e fizessem o que eu estava solicitando. Alguns ficaram desconfiados, e senti certa resistência, pois pensam que brincadeira é coisa de criança e ninguém aprende brincando.
Insisti e a professora ajudou e participou da atividade, assim todos participaram. Com os olhos fechados, pedi que dobrassem a folha ao meio e rasgasse a pontinha da direita, uns queriam tesoura, disse que era para rasgar mesmo com as mãos, para sentirem o papel, e assim fizeram. Repetiram por quatro vezes, e logo após pedi para abrir a folha e observarem bem como ela ficou, logo pedi para que olhassem a do colega ao lado, e questionei se havia ficado igual, responderam que não.  Pedi para que procurassem na sala entre os outros colegas se havia pelo menos uma com o mesmo jeito, corte, etc. Todos responderam que não, então lhes perguntei o que para eles significava aquele exercício? Seu Damasceno disse que assim como o papel corado não era parecido com nenhum outro, então as pessoas eram distintas também. Fiquei muito feliz com a percepção que ele teve então com sua fala as reflexões surgiram e quase todos comentaram.
Segui e disse, pois então aqui dentro da nossa turma que somos poucos não temos ninguém parecido, também cada um de nós aprende de um modo diferente, e cada um tem seu tempo. E mesmo nós achando que não somos nada, e não sabemos nada, acreditem que sabemos muito mais que pensamos, e que podemos nos ajudar como grupo.
E mesmo vocês sentindo estranho acreditaram em mim na minha atividade e conseguiram fazer perfeitamente. A professora também falou com eles aproveitando o gancho da atividade e da minha fala, complementou o que eu havia me esquecido de falar, e acredito que daquele dia em diante senti uma sintonia melhor, pelo menos nos momentos que estava presente.

16/05/2017
Seguindo meu plano de ação busquei um filme que retratasse todos os elementos elencados no quadro de dúvidas e certezas. Dentre os títulos buscados escolhi “Escritores da Liberdade” um filme baseado numa história real. Chegando falei sobre o filme para eles, e fomos para sala das multimídias, e colocamos o filme, pois pedi ajuda da professora.
O filme retrata uma escola que foi instituída inclusão de alunos de área de risco, a turma era indisciplinada, ninguém respeitava ninguém. A professora cheia de sonhos é recepcionada por outra que a entrevista e lhe passa tudo sobre a turma, e o tema fundamental é que os alunos são desacreditados por toda comunidade escolar por serem negros, pardos, mexicanos, e outros, alem dos brancos que são a minoria dentro da sala de aula. Ela foi destinada para lecionar para “pior classe” da escola por ser a novata. O diferencial da nova professora, é que ela acredita na educação, acredita em cada um dos alunos. E aos poucos fica triste por saber que eles sofrem preconceito, discriminação de todo corpo docente da escola, mas ela consegue trazer seus alunos para dentro da sala de aula, e mostrar um novo mundo onde é direito deles serem inseridos.
A o saber que iam ver um filme não gostaram muito, escutei o um aluno falar que se era para ver filme ele tinha ficado em casa. O que posso dizer é complicado observar e sentir o que a professora havia comentado comigo na primeira semana. Eles não aceitam sentar numa disposição diferente dentro da aula, uns ficam rindo dos outros, esse mesmo aluno apesar da idade que tem ele provoca duas alunas e principalmente debocha da mais aluna mais idosa. Muito triste ver isso dentro de uma aula de adultos e jovens, mas como dizia uma professora, aluno tem dessas coisas quando sentados nas carteiras esquecem-se de suas idades, e alguns perdem a compostura. Como fomos após o intervalo para sala de mídias, e ainda não deu problema no ligar os aparelhos, então não terminamos de ver todo o filme naquele dia, assim pedi para a professora marcar a sala de mídias para próxima segunda dia 22/05.

22/05
Antes de iniciar o filme lhes disse que mesmo que não seja um quadro cheio de atividades, aquilo que nós íamos fazer era uma aula, onde estariam aprendendo de forma diferente, e com os fatos do filme eram para refletir com a vida de cada um e com o que se passa na escola. Ver as situações mais agravantes dentro da escola e sala de aula. E que dessem muita atenção em tudo que os professores passassem, mesmo sendo filme, musica, poesia, saída de campo, e expliquei que uma saída de campo e uma visita técnica fora aquela que fizemos para ver na Paróquia Santa Isabel a 2ª Amostra de Dança de Viamão.
Logo após minha fala terminamos de ver o filme e refletimos sobre o que chamou mais atenção deles no filme, o que mais gostaram e o que desagradou e por qual motivo. Dessa vez consegui uma participação mais efetiva por parte da grande maioria, teve alguns que não quiseram falar pra todos, mas falaram diretamente pra mim e outro escreveu um bilhete. Nesse dialogo uns foram completando o que outros falavam e sentiam sobre o assunto.
Dessa vez foram mais espontâneos e menos envergonhados, a professora regente participou, a estagiária Tais também participou com eles. Minha fala basicamente foi voltada para que eles se vissem de outra forma, que a única pessoa que poderá dizer que podem ou não podem vencer, aprender, e conquistar seus sonhos são eles mesmos. E que eles não devem nunca colocar obstáculos na nova caminhada, e acreditar que nada é por acaso e tudo tem seu tempo, e assim como eu consegui realizar meu sonho, eles também vão. E que devem olhar os colegas como seus colaboradores que também querem chegar a tão desejada formatura, e o mais importante que o canudo é o saber ler, escrever e calcular as várias operações. E quanto mais a gente sabe e ensino o outro, mais aprendemos a fazer melhor, isso em tudo que possamos passar do conhecimento. E que cada um tem uma coisa especial que sabe trabalhar melhor que a outra pessoa. Uns sabem construir casas, outros sabem fazer uma torta, outros sabem costurar, outros sabem fazer as unhas e assim por diante. Cada pessoa tem seu dom especial então todos nós somos importantes.












Vou descrever aqui o que foi se passando nos dias em que visitei a escola e fui a te a turma da EJA onde estou acompanhando desde o inicio de abril.

Eles recebem muitas atividades e nesta semana que agora não lembro direito sei que chegando na escola eles estavam recebendo na escola um trabalho que é realizado com um ex professor e colecionador de peixes. Sua coleção visita as escolas e os alunos dão uma ajuda de dois reais. Eles receberam uma palestra onde ele falou de todas as especies de peixes que ali estavam, comentou sobre a ilha que fica juntando lixo de tudo que parte do planeta Terra. Conversou sobre o meio ambiente e sobre a importância de cuidar do Planeta Terra.
Os alunos poderão fazer questionamentos e logo apos ver de perto as peças do museu marinho itinerante. Eles gostaram muito e tiraram fotos posando ao lado dos peixes. 

23/069/2017 – EJA Etapa 1
Feira de Ciências
Hoje fui à escola, mas eles não tiveram aula, porque era o dia da “Feira de Ciências” do turno da noite. Então como adoro ver tudo que os alunos fazem fiquei para prestigiar a turma da Etapa 1 e ver o que eles prepararam ao longo dos primeiros meses para apresentar. A professora aproveitando que todos tinham alguma coisa plantada nas hortas que eles costumam falar muito sobre o que fazem durante o dia, conversou com eles e decidiram pela abordagem dos chás e temperos naturais que podem usar no dia-a-dia. Eu fiquei de boca aberta, pois o que eles fizeram eu identifiquei como sendo um projeto, mesmo que a professora tenha direcionado para que essa abordagem fosse realizada. Eles pesquisaram sobre os chás, como prepará-los e como deveria ser servido. Lembraram-se do sal temperado com alecrim, salvia, manjerona, manjericão, coentro, e outras que servem para temperar carnes, frangos e outros alimentos que possam ser cozidos, a turma queria fazer churrasquinho para vender, e as pessoas provarem o sal, mas a direção não aceitou.
Olhando eles trabalharem juntos um ajudando o outro, percebi o quanto eles evoluíram de abril para junho. Estão conversando mais civilizadamente, esperando quem fala concluir seu posicionamento, o que não acontecia antes, todos falavam juntos, era angustiante ver eles não se respeitando no mais básico das leis de viver em sociedade que é escutar o outro. E assim observando eu percebi que o que eles fizeram foi um projeto, mesmo sendo encaminhado e direcionado pela professora regente, e afirmo que funcionou tudo bem certinho. Todos participaram ativamente dos processos, quem trouxe as folhas deram para colega Tauana lavar e secar no forno colocaram os chás e ervas em pequenas amostras para levar e dar aos participantes da feira de ciências, e serviram provas de vários chás e junto à explicação do procedimento e para que servisse aquele chazinho.
Por isso que acredito na interação dos alunos e professores, refletindo o antes e o hoje dessa turma, e vejo-a com ótimos rendimentos, pois aos poucos ele estão interagindo entre eles e começando a se respeitar, com isso aprendem mais, pois a Tauana tem ajudado muito os outros colegas que estão aos poucos se alfabetizando. E dentro dessa caminhado a professora tem um papel superimportante, pois é através dela que eles vão se espelhar e buscar mais e não ficar somente olhando os defeitos uns dos outros e sim melhorar.  
Logo abaixo imagens do que os alunos da EJA prepararam para a feira de ciências da escola:



 Para amostra de educação física preparou com as turmas sobre os cinco alimentos que prejudicam a saúde das pessoas. Eles pintaram, recortaram e pintaram o esqueleto humano. E fizeram cartazes com colagens com alimentos e ainda colocaram em categorias o mais prejudicial para o menos.



As etiquetas eles escreveram a mão, e grampearam nas amostras.


Mapa Conceitual_Etapa3


12/07/2017
Mapa conceitual da turma 51 da professora Gimena

     Após trabalharmos o poema identidade de Pedro Bandeira, na tipologia textual, surgiu a dúvida se realmente conhecíamos nossa verdadeira identidade. Mas afinal qual é nossa identidade? Quem somos? O que queremos descobrir de nós mesmos?
Através do mapa percebemos que queremos descobrir nossos pontos fortes e nossos pontos fracos, nossas qualidades e nossos defeitos, quem somos, o que pensamos, o que gostamos e não gostamos, como agimos e o que queremos e desejamos vivenciar.
Segue abaixo as fotos do mapa elaborado pelos próprios alunos.





10/07/2017

Mapa conceitual da turma de Jardim da professora Ana Paula

Após conversar com a turma numa rodinha, eles foram lembrando que o documento de identidade serve para viajar, abrir contas no banco, ir ao médico, e no caso se ficarem perdidos mostra o documento para um policial ele poderá achar a casa. Um questionamento nesse dia surgiu quando um aluno lembrou que sua mãe como enfermeira no posto de saúde usa um cartão de identificação ele fez essa ligação com o documento pela foto, pois o crachá tem foto da mãe. Expliquei que é uma identificação mas do local onde ela trabalha se não usar pode ser confundida com qualquer pessoa, e não poderá transitar nas dependências do posto sem a identificação.
Outros ao olhar um mapa que fiz riu e disse que era parecido com uma teia de aranha cheia de estradinhas. 






       
   




04/07/2017

Turma EJA Etapa I _ "Projeto Educação e Respeito na Escola"

Depois de muitos dias sem postagens, acredito mais de quatro semanas, estou aqui trazendo os mapas conceituais elaborados por cada um da turma do EJA. A principio pensei que eu teria que ter feito então na aula presencial, nas apresentações do dia 25/05/2017, a professora corrigiu o meu equívoco. 
Voltando para a turma primeiramente lhes expliquei que é um mapa conceitual e os motivo de se fazer um e como ele nos ajuda a mostrar o quanto nós estudamos sobre algum conceito, tema, conteúdo.
Sendo assim, solicitei que cada um fizesse o mapa conceitual do nosso projeto que estamos desenvolvendo aos poucos. Logo abaixo seguem algumas imagens de como os alunos visualizaram o mapa conceitual sobre o tema discutido e o que eles lembravam que a gente conversou durante esses dias.
Como eles usam lápis algumas digitalizações não ficou muito visível.


 



  

 


Sabem que observando o modo que cada aluno começou a pensar como fazer seu mapa, uns que não sabiam escrever tudo, pediram ajuda, outros preferiram desenhar, e assim foram colocando no papel o que fizeram. 
Hoje digitalizando o material senti que falhei e que deveria ter pedido para eles fazerem com uma caneta colorida ou comum, pois muitas palavras, desenhos não consigo visualizar. 
Eles sentiram dificuldade, assim como eu sinto, e entendo o anseio que eles têm quando a professora solicita alguma atividade nova. Dentro dessa atividade, ajudei um aluno que prefiro não identificar foi que percebi que ele esta muito mais acessível do que no começo da minha chegada para observar e iniciar o PPA, ele disse: "professora, vou ser sincero com a senhora, desde sua primeira aula aqui na sala eu não quis prestar atenção, não fiz nada com vontade e achei tudo uma chatice". O que ele me disse não me surpreendeu porque o educador sabe quando o aluno esta interessado no assunto.


24/05/2017

Mapa conceitual da turma EJA _ "Projeto Educação e Respeito na Escola".






Andreia Godinho

Síntese Reflexiva

Porto Alegre, 05/08/2017 Ana Paula, Andreia “turma E” e Gimena META 2 Retomando a atividade postada da síntese 2: O projet...