quarta-feira, 17 de maio de 2017

Planos de Ação

11/07/2017
Jardim - Professora Ana Paula
O plano de ação que pensei a partir das perguntas que os alunos fizeram e o motivo que levou a fazer esse projeto foi pedir para que cada um junto a sua família conseguisse com eles escrever o nome de casa um, trazer uma cópia da certidão de nascimento para podermos confeccionar a identidade. Medimos a altura de cada aluno para ver o quanto cresceram desde que eram bebês. Outra atividade que realizamos e com a ajuda da familia foi a arvore gineologica, onde eles adoraram o nome, e foi motivo de muita euforia. Criamos um livro que eles foram agregando cada atividade que fizemos e depois de tudo pronto cada colega pode olhar o livro dos outros. Vejo que com esse projeto meus alunos estao mais espertos quanto aos documentos e o valor que cada pessoa tem. 

                         


           






Abaixo seguem alguma imagens d construção e desenvolvimentos das atividades:?


EJA 


15/05/2017
Plano de ação:
Como me sinto um pouco deficiente na questão de alfabetizar e ainda dentro dos projetos, estou meio travada, mas pensei no primeiro momento como senti a turma um pouco desmotivada, e dando sequência nas atividades da professora regente, comecei aplicando uma dinâmica que fizemos na interdisciplina de corporeidade. Com uma folha de jornal, pedi para que os alunos fechassem os olhos e fizessem o que eu estava solicitando. Alguns ficaram desconfiados, e senti certa resistência, pois pensam que brincadeira é coisa de criança e ninguém aprende brincando.
Insisti e a professora ajudou e participou da atividade, assim todos participaram. Com os olhos fechados, pedi que dobrassem a folha ao meio e rasgasse a pontinha da direita, uns queriam tesoura, disse que era para rasgar mesmo com as mãos, para sentirem o papel, e assim fizeram. Repetiram por quatro vezes, e logo após pedi para abrir a folha e observarem bem como ela ficou, logo pedi para que olhassem a do colega ao lado, e questionei se havia ficado igual, responderam que não.  Pedi para que procurassem na sala entre os outros colegas se havia pelo menos uma com o mesmo jeito, corte, etc. Todos responderam que não, então lhes perguntei o que para eles significava aquele exercício? Seu Damasceno disse que assim como o papel corado não era parecido com nenhum outro, então as pessoas eram distintas também. Fiquei muito feliz com a percepção que ele teve então com sua fala as reflexões surgiram e quase todos comentaram.
Segui e disse, pois então aqui dentro da nossa turma que somos poucos não temos ninguém parecido, também cada um de nós aprende de um modo diferente, e cada um tem seu tempo. E mesmo nós achando que não somos nada, e não sabemos nada, acreditem que sabemos muito mais que pensamos, e que podemos nos ajudar como grupo.
E mesmo vocês sentindo estranho acreditaram em mim na minha atividade e conseguiram fazer perfeitamente. A professora também falou com eles aproveitando o gancho da atividade e da minha fala, complementou o que eu havia me esquecido de falar, e acredito que daquele dia em diante senti uma sintonia melhor, pelo menos nos momentos que estava presente.

16/05/2017
Seguindo meu plano de ação busquei um filme que retratasse todos os elementos elencados no quadro de dúvidas e certezas. Dentre os títulos buscados escolhi “Escritores da Liberdade” um filme baseado numa história real. Chegando falei sobre o filme para eles, e fomos para sala das multimídias, e colocamos o filme, pois pedi ajuda da professora.
O filme retrata uma escola que foi instituída inclusão de alunos de área de risco, a turma era indisciplinada, ninguém respeitava ninguém. A professora cheia de sonhos é recepcionada por outra que a entrevista e lhe passa tudo sobre a turma, e o tema fundamental é que os alunos são desacreditados por toda comunidade escolar por serem negros, pardos, mexicanos, e outros, alem dos brancos que são a minoria dentro da sala de aula. Ela foi destinada para lecionar para “pior classe” da escola por ser a novata. O diferencial da nova professora, é que ela acredita na educação, acredita em cada um dos alunos. E aos poucos fica triste por saber que eles sofrem preconceito, discriminação de todo corpo docente da escola, mas ela consegue trazer seus alunos para dentro da sala de aula, e mostrar um novo mundo onde é direito deles serem inseridos.
A o saber que iam ver um filme não gostaram muito, escutei o um aluno falar que se era para ver filme ele tinha ficado em casa. O que posso dizer é complicado observar e sentir o que a professora havia comentado comigo na primeira semana. Eles não aceitam sentar numa disposição diferente dentro da aula, uns ficam rindo dos outros, esse mesmo aluno apesar da idade que tem ele provoca duas alunas e principalmente debocha da mais aluna mais idosa. Muito triste ver isso dentro de uma aula de adultos e jovens, mas como dizia uma professora, aluno tem dessas coisas quando sentados nas carteiras esquecem-se de suas idades, e alguns perdem a compostura. Como fomos após o intervalo para sala de mídias, e ainda não deu problema no ligar os aparelhos, então não terminamos de ver todo o filme naquele dia, assim pedi para a professora marcar a sala de mídias para próxima segunda dia 22/05.

22/05
Antes de iniciar o filme lhes disse que mesmo que não seja um quadro cheio de atividades, aquilo que nós íamos fazer era uma aula, onde estariam aprendendo de forma diferente, e com os fatos do filme eram para refletir com a vida de cada um e com o que se passa na escola. Ver as situações mais agravantes dentro da escola e sala de aula. E que dessem muita atenção em tudo que os professores passassem, mesmo sendo filme, musica, poesia, saída de campo, e expliquei que uma saída de campo e uma visita técnica fora aquela que fizemos para ver na Paróquia Santa Isabel a 2ª Amostra de Dança de Viamão.
Logo após minha fala terminamos de ver o filme e refletimos sobre o que chamou mais atenção deles no filme, o que mais gostaram e o que desagradou e por qual motivo. Dessa vez consegui uma participação mais efetiva por parte da grande maioria, teve alguns que não quiseram falar pra todos, mas falaram diretamente pra mim e outro escreveu um bilhete. Nesse dialogo uns foram completando o que outros falavam e sentiam sobre o assunto.
Dessa vez foram mais espontâneos e menos envergonhados, a professora regente participou, a estagiária Tais também participou com eles. Minha fala basicamente foi voltada para que eles se vissem de outra forma, que a única pessoa que poderá dizer que podem ou não podem vencer, aprender, e conquistar seus sonhos são eles mesmos. E que eles não devem nunca colocar obstáculos na nova caminhada, e acreditar que nada é por acaso e tudo tem seu tempo, e assim como eu consegui realizar meu sonho, eles também vão. E que devem olhar os colegas como seus colaboradores que também querem chegar a tão desejada formatura, e o mais importante que o canudo é o saber ler, escrever e calcular as várias operações. E quanto mais a gente sabe e ensino o outro, mais aprendemos a fazer melhor, isso em tudo que possamos passar do conhecimento. E que cada um tem uma coisa especial que sabe trabalhar melhor que a outra pessoa. Uns sabem construir casas, outros sabem fazer uma torta, outros sabem costurar, outros sabem fazer as unhas e assim por diante. Cada pessoa tem seu dom especial então todos nós somos importantes.












Vou descrever aqui o que foi se passando nos dias em que visitei a escola e fui a te a turma da EJA onde estou acompanhando desde o inicio de abril.

Eles recebem muitas atividades e nesta semana que agora não lembro direito sei que chegando na escola eles estavam recebendo na escola um trabalho que é realizado com um ex professor e colecionador de peixes. Sua coleção visita as escolas e os alunos dão uma ajuda de dois reais. Eles receberam uma palestra onde ele falou de todas as especies de peixes que ali estavam, comentou sobre a ilha que fica juntando lixo de tudo que parte do planeta Terra. Conversou sobre o meio ambiente e sobre a importância de cuidar do Planeta Terra.
Os alunos poderão fazer questionamentos e logo apos ver de perto as peças do museu marinho itinerante. Eles gostaram muito e tiraram fotos posando ao lado dos peixes. 

23/069/2017 – EJA Etapa 1
Feira de Ciências
Hoje fui à escola, mas eles não tiveram aula, porque era o dia da “Feira de Ciências” do turno da noite. Então como adoro ver tudo que os alunos fazem fiquei para prestigiar a turma da Etapa 1 e ver o que eles prepararam ao longo dos primeiros meses para apresentar. A professora aproveitando que todos tinham alguma coisa plantada nas hortas que eles costumam falar muito sobre o que fazem durante o dia, conversou com eles e decidiram pela abordagem dos chás e temperos naturais que podem usar no dia-a-dia. Eu fiquei de boca aberta, pois o que eles fizeram eu identifiquei como sendo um projeto, mesmo que a professora tenha direcionado para que essa abordagem fosse realizada. Eles pesquisaram sobre os chás, como prepará-los e como deveria ser servido. Lembraram-se do sal temperado com alecrim, salvia, manjerona, manjericão, coentro, e outras que servem para temperar carnes, frangos e outros alimentos que possam ser cozidos, a turma queria fazer churrasquinho para vender, e as pessoas provarem o sal, mas a direção não aceitou.
Olhando eles trabalharem juntos um ajudando o outro, percebi o quanto eles evoluíram de abril para junho. Estão conversando mais civilizadamente, esperando quem fala concluir seu posicionamento, o que não acontecia antes, todos falavam juntos, era angustiante ver eles não se respeitando no mais básico das leis de viver em sociedade que é escutar o outro. E assim observando eu percebi que o que eles fizeram foi um projeto, mesmo sendo encaminhado e direcionado pela professora regente, e afirmo que funcionou tudo bem certinho. Todos participaram ativamente dos processos, quem trouxe as folhas deram para colega Tauana lavar e secar no forno colocaram os chás e ervas em pequenas amostras para levar e dar aos participantes da feira de ciências, e serviram provas de vários chás e junto à explicação do procedimento e para que servisse aquele chazinho.
Por isso que acredito na interação dos alunos e professores, refletindo o antes e o hoje dessa turma, e vejo-a com ótimos rendimentos, pois aos poucos ele estão interagindo entre eles e começando a se respeitar, com isso aprendem mais, pois a Tauana tem ajudado muito os outros colegas que estão aos poucos se alfabetizando. E dentro dessa caminhado a professora tem um papel superimportante, pois é através dela que eles vão se espelhar e buscar mais e não ficar somente olhando os defeitos uns dos outros e sim melhorar.  
Logo abaixo imagens do que os alunos da EJA prepararam para a feira de ciências da escola:



 Para amostra de educação física preparou com as turmas sobre os cinco alimentos que prejudicam a saúde das pessoas. Eles pintaram, recortaram e pintaram o esqueleto humano. E fizeram cartazes com colagens com alimentos e ainda colocaram em categorias o mais prejudicial para o menos.



As etiquetas eles escreveram a mão, e grampearam nas amostras.


4 comentários:

  1. Andreia, o PA é um percurso e foi preciso caminhar. Essa pedagogia de projetos rompe com algumas práticas cristalizadas no fazer escolar. Gostei de sua proposição ao usar o vídeo, esclarecendo que com esse recurso iam ser trabalhados conceitos e desenvolvidas aprendizagens.
    Você percebeu como a turma foi entendendo a proposta? Foi avançando em práticas e conhecimentos? Foi preciso aceitar o desafio, parabéns.

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  2. Grupo, só encontrei o plano de ação da colega...e o resto? vamos registrar amigas? e vamos colaborar? estou sentindo o grupo um pouco afastado...tudo bem? precisam de ajuda? me contatem por mail ou pessoalmente...por favor!

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  3. Ana Paula desenvolveu um trabalho muito interessante sobre a identidade e as identidades. Esse cuidado com o registro das informações faz com que as crianças reflitam e analisem seu próprio processo de aprendizagem. Ficou muito bom!

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  4. Andreia, com certeza eles evoluíram e isso de deve (não tenha dúvida) ao trabalho desenvolvido. Que trabalho interessante realizado na Feira de Ciências, também denota o envolvimento que essa turma tem com o trabalho coletivo e com projetos.

    MENSAGEM AO GRUPO: Meninas, atentem para os prazos! Dá tempo de realizar as tarefas pendentes e não ficar em recuperação, pois não tem porquê.

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